terça-feira, 8 de julho de 2008

Escrita livre

Ok. Não sei bem o que me está a acontecer mas estou com uma enorme vontade para me exprimir. Talvez falar, mas como de momento não estão companhias presentes, recorro-me às palavras que posso escrever e postar neste blog que criei para isso mesmo.
Tenho tido dias importantes. Importantes?
Sim, importantes. Marcantes e isso tudo. Estou numa altura crítica da minha vida. Apareceu-me tudo de uma vez só e confesso que encontro-me de certa maneira perdida, mas tento não fraquejar. Sinto que dependem muito de mim e que para além de dependerem, contam muito com o meu sucesso e com a minha ajuda. Serei eu a que vai conseguir pôr isto tudo sólido e inteiro?
Talvez. Vou tentar dar o meu melhor. Aliás, é da minha personalidade ser lutadora e persistente, altruísta. Mas também sou bastante emocional e fraca.
Tenho grande pessoas na minha vida e tive grandes momentos. Tenho apenas 17 anos, um mês para os 18, mas sinto-me ainda uma terna criança que tem muito para aprender. Ainda me vejo aqui a escrever neste blog, a perder o meu tempo com isto e com outras coisas que talvez não precisasse, enquanto devia de estar focada noutras actividades, já que o meu tempo é tão pouco. Mas é esta a realidade de momento. E daqui a pouco tempo, será outra.
Vou mudar de vida. É essa a próxima verdade, e vou ter de enfrentar esse mínimo medo. Ir para um país novo, universidade nova, pessoas novas, língua nova. Tudo novo. E o novo é um espectáculo, mas assim tudo tão repentino, de uma vez só, é assustador. Mas vai correr tudo bem, não vai?
Vai. Muita dedicação e trabalho. E deixar o que me incomoda para trás. Sei bem que tenho gavetas muito pequenas para guardar aquilo que me é importante, portanto, de uma maneira um pouco fria e cruel, uma selecção terá de ser feita e poucos vão realmente comigo e vão permanecer sempre comigo. Custa-me.
Vou perder muito. Sei disso. E talvez não vou ter o apoio todo que precisava de ter. Porque para além de mudar radicalmente de vida, vou ter de enfrentar uma data de outras coisas e manter-me à mesma concentrada para não deixar a oportunidade fugir, e para não decepcionar ninguém, nem a mim mesma. E sei perfeitamente que vou desiludir muitas pessoas porque a determinadas alturas terei de ser fria, não por opção mas sim por necessidade. E nem todos vão perceber isso: se a esta altura ainda não percebem, quanto mais depois?
Enfim, estou bem. Estou óptima. Mas o tempo começa-me a pressionar um pouco. E sei que este ano vai ser tão dificil. O que me atormenta mais é que é um ano único, e o pior é se essa unicicidade for má. Perder. Oh se dependesse de mim...
Sinto-me ligeiramente fraca. Mas pronto. Hei de fortalecer. E dias melhores virão, mas por enquanto não. E ficarei à espera. E agradecerei toda a ajuda e apoio que os mais queridos me derem. Sem vocês, de facto, não seria muito. Um eterno obrigado.
E por agora, sento-me e aguardo. Um até já...

sábado, 5 de julho de 2008

Esperanças 2

Allie: Evan, arrependeste-te de algo?
Evan: Arrependimento faz parte do ser.
Allie: Sim... Mas... Arrependes-te?
Evan: O que queres saber é do que me arrependo?
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Allie olhou para Evan receiosa e acenou com a cabeça, mordendo o lábio discretamente.
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Evan: Bem... (Olhou para o rio). Palavras. Palavras ditas em vão...
Allie interrompe-o: ... Palavras cujas quais pensamos que fazem a diferença, palavras desperdiçadas em gente surda e cega.
Evan: ... Impulsos, desejos. (pausa) Sim, arrependo-me. (pausa) Tantas e tantas coisas... Mas sabes que lamentar o que já passou não adianta de nada.
Allie soltou uma gargalhada míuda: Também já tinha chegado a essa conclusão.
Evan sorriu para Allie e segurou-lhe na mão, dizendo-lhe nos olhos: É o Futuro e o que podemos fazer do Tempo que importa. Vamos fazer com que importe Allie.
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Allie retribuiu-lhe o sorriso de gratificação e encantamento e ambos permaneceram sentados no banco, de mãos dadas, a observar o infinito que a paisagem lhes fazia chegar.

Lullaby

You locked up your heart
You wake up with tears and stars in your eyes
You gave it all to someone that
Cannot love you back
Your days are packed
With wishes and hopes for the love that you've got
You waste it all to someone that
Cannot love you back
Someone that cannot love
Love, ain't this enough
You push yourself down
You try to take confort in words
But words
They cannot love
Don't waste them like that
Cus they'll bruise you more
You secretly made
Castles of sand that you hide in the shade
But you cannot hold the tides that break them
And you build them all over again
You talk all these words
You make conversations that cannot be heard
How long until you notice that
No one is answering back
Someone that cannot love
Love, ain't this enough
You push yourself down
You try to take comfort in words
But words
They cannot love
Don't waste them like that
Cus they'll bruise you more
Love, love, ain't this enough
Pushing around
You try to take comfort in words
But words
Well they cannot love
Don't waste them like that
Cus they'll bruise you more
Someone that cannot love
Someone that cannot love
Someone that cannot love
Love, ain't this enough
You push yourself down
You try to take comfort in words
But words
They cannot love
Don't waste them like that
Cus they'll bruise you more
Love, love, ain't this enough
Pushing around
To find little comfort in words
But words
Well they cannot love
Don't waste them like that
Cus they'll bruise you more
You know they'll bruise you more
Words they will hurt you more
Words they will hurt you more
Yes they'll bruise you
Someone that cannot love
Someone that cannot love

Someone that cannot love you back, David Fonseca

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Esperanças

Sentados num banco, naquele passeio ao longo do Rio Thames, Allie e Evan passavam uma tarde como nunca antes tiveram passado. Embuscados em momentos tão sorridentes e incríveis, fixavam-se, espantados, em tornar o sentimento eterno.

Allie - Gostavas de ver o mundo a preto e branco?
Evan - A preto e branco Allie? Porque haveria de querer isso?
Allie - Não sei... (E após uma longa pausa) Mas gostavas?
Evan - Não. A cor trás tanta vivacidade e significado. Jamais me esconderia atrás do preto e do branco. Exprimimos-nos através da cor, identificamos as coisas pela cor que elas têm. Como poderíamos viver sem ela?
Allie - Sempre achei preto e branco misterioso. Mas sentimos cor. E sem o vermelho ou o verde ou qualquer outra cor, não teríamos sequer o conceito do termo cor.
Evan (após ter esboçado um sorriso meigo) - És misteriosa...

Allie sorriu inocentemente e ambos ficaram a olhar para o vento que tocava ao de leve na água do rio.

Indução de Sentimento

É tão bastante simples!
Induzimos sentimentos.
É isso!
Se quero estar feliz e bem, a única coisa que tenho de fazer é focar-me nisso e tentar estar feliz e bem. Fazer coisas para estar feliz. Encarar as coisas de forma positiva. É assim que temos de fazer.
O amor não difere muito disto. Se formos a ver, induzimos amor. Queremos amar e ser amados. Então concordamos com o conceito de amor. Quando alguem nos diz que nos ama ficamos predispostos a amá-los também porque queremos amor. Sabemos que o amor nos faz bem. Sentimos-nos confiantes.
A felicidade e os outros sentimentos também trabalham assim. Induzimo-los porque sabemos que nos fazem bem. Sentimos-nos tão mais confiantes também.
Mas não basta esta indução. É preciso também a persistência para que o sentimento permaneça. E isso depende tudo do próprio ser.
Esta calma que me imana é um pouco estranha porque é uma calma induzida e não espontânea e natural. Mas essa calma há de vir.
Agora mantenho-me ainda a induzir sentimentos. Tem me sabido bem :)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Lê isto todos os dias :)

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Ah :)
Estou bastante bem disposta neste momento e vou continuar a estar!
Tenho grandes dias pela frente, cheios de novas experiências e novas batalhas. Estou pronta a lutar e a usufruir dos dias que ainda me faltam viver, apesar de poucos.
Está na altura de levantar o ânimo e fazer aquilo que faço melhor: sorrir, viver, lutar! Quero ter alguma serventia, quero vir a ser útil. Marcar a diferença acima de tudo: a boa diferença. E para isso vou ter de trabalhar. Vou-me esforçar, dedicar, trabalhar. Mas nos entertantos, vou me divertir à brava e ser feliz! Eu mereço!

Smile for your life and put your but to work! :D
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Prevísivel

Fui estúpida.
És uma completa desilusão. E parece que eu não aprendo.

Descobri:
The opposite of love is not hate; the opposite of love is indifference.

Entao que seja. Tu é que escolheste isto.
Agradeço, no entanto, a tremenda ajuda e o espectacular esforço que tens demonstrado. Realmente não há igual.


Deste-me provas do que estava à espera.
É tudo tão previsivel.
Como vês, não vale a pena.
Não te importes comigo.
Adeus.

Sincera explicação

Meu querido João,
Penso que talvez te deva uma explicação para a minha ausência.
Não é minha intenção ser desagradável para contigo, não quero ódio nem desgosto. Mas a verdade é que magoas-me. E enquanto eu procurava algum apoio em ti, só encontrava expectactivas falhadas. Não sinto grande conforto nem alívio quando falo contigo, não sinto amizade, atenção, dedicação. Sinto uma pequena frieza, um certo orgulho, algum fingimento, uma distância, e isso traduz-se tudo em desilusão, porque espero certas atitudes da tua parte, certas palavras da tua boca, e elas não vêm. E isso deixa-me insegura, e de certo modo com medo e até alguma raiva.
Talvez não saibas do quanto eu preciso de ti agora. Fazes-me falta como amigo. Eu não tenho estado bem, surgiram-me alguns problemas, e estou cheia de preocupaçoes. Estou aterrorizada. E preciso de apoio. Finjo estar bem, finjo sorrir e fazer as pessoas mais próximas de mim também sorrirem, mas faz também falta ter aquelas pessoas com quem pudemos ser realmente quem somos e estar como realmente estamos, falar realmente do que nos preocupa, sem medos, sem vergonhas. E tu encaixavas nesse lugar. Mas em vez disso, tornaste-te em mais uma preocupação e eu não preciso disso neste momento. Não preciso de mais preocupações...
E era isso que me davas: mais uma preocupação. Para não falar da desilusão. E estou frágil, não me sentia capaz de te explicar com as palavras mais acertadas, porque íamos estar a fugir ao teor do assunto. Não queria dar a entender algo que não era verdade. E talvez assim seja a melhor maneira, escrevo com calma e com tempo, e exponho aquilo que realmente sinto.
Agradeço teres me telefonado. Eu de facto vi te a telefonar. Estive com o telemovel na mão... Mas não atendi por uma simples razão: não me pareceu a altura apropriada. Eu estava meia ensonada e não te ia dizer as coisas que queria dizer, e íamos acabar por talvez arranjar outro mal entendido sem necessidade nenhuma. Mas se tivesses telefonado depois, teria atendido.
Custa-me afastar-te. E acredita que não queria, mas tu não me dás outra escolha.
Não te quero esquecer, nunca hás de sair de mim, foste desmasiado importante para eu desprezar tudo o que alguma vez tivemos. Não faço isso. Todos os dias penso em ti, recordo-te, ainda me és tão estimado. Faço para que seja assim.
E não encaro isto como eu ter desistido da nossa amizade, ou de uma amizade que poderíamos ter tido, porque eu estive dois meses à espera, à espera de uma mensagem tua, à espera da tua atenção, da tua amizade. E um dia, tu decidiste, 'é hoje que lhe falo': como se tudo girasse à tua volta. Sabias lá tu o que era melhor para mim. E desde desse momento que sinto que fingimos ser amigos, fingimos que está tudo bem. E isso para mim é tudo uma farsa.
Sabes o que eu sou. Sabes o que sou capaz de dar, sabes que ponho os meus amigos em primeiro lugar, que faço tudo para ajudar quem precisa, oiço a qualquer hora, tenho paciência para isso, ajudo no que posso. Sabes disso. E sabes que o que eu mais queria era ter uma amizade contigo, manter-te sempre perto de mim, porque acima de amor eras meu amigo, e como amigo eras indispensável.
Mas parece que desapareceu. Tens a tua vida agora, não te preocupes comigo.
Não sei se era disto que estavas à espera, mas João, pergunta-te o que é que te importa? Importa-te falar comigo? Importa-te saberes de mim, da minha vida? Importa-te teres me como amiga? Importa-te seres meu amigo? Porque é que me telefonaste: apenas para me confrontar e saber porque não te falava, ou para tentar também fazer-me voltar porque tinhas saudades? Tens de começar a pensar nas coisas que fazes e que dizes porque, ao contrário do que pensas, elas têm um grande efeito em mim, pelo menos. Compreende o que fazes e porque o fazes. E se te importa isso tudo, se te faz diferença falar comigo, teres-me como tua amiga, saberes o que se passa comigo, seres tu meu amigo, então talvez devesses pensar mais um pouco nisto tudo. Se não te importa, vens a comprovar tudo o que expliquei em cima, não vale a pena.
Peço desculpa pelo desprezo, não é a melhor atitude, mas não encontro outra maneira de fazer as coisas. E talvez se não te tivesse desprezado não terias te apercebido que se passa algo. Garanto-te João, passa-se mesmo algo. E nós, tu e eu, somos a menor das minhas preocupações. Sempre me disseste: sinceridade acima de tudo; e eis aqui a sinceridade.
Espero que tenhas percebido o que te escrevi. E se algo não ficou esclarecido, podes te atrever a perguntar-me, porque acima de isto tudo, sou amiga e pessoa.
Um grande beijo, adoro-te.