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Não estás aqui. E vou ter de me conformar com isso. Vou ter que te deixar tomar o teu rumo porque já percebi que não me queres na tua vida, seja de que forma for. E já percebi que deixei de ser importante e de ter qualquer relevância para ti.
Suspiro. Tenho pena. Eras tão especial. Deixaste de o ser como eras talvez porque eu deixei de ser especial para ti. E suspiro ainda de uma maneira mais forte quando penso no porquê. Porque haverá de ter acontecido isto tudo? Penso nas palavras; em todas as palavras que me disseste. E encontro uma enorme dificuldade em descobrir alguma veracidade nelas. No momento parecia-me tudo tão perfeito. E ainda sinto o desejo de acreditar que foi perfeito, mas à parte de desejos, entristece-me saber que a maior parte das palavras que me disseste foi fruto do momento e não eram verdadeiramente para mim, mas sim para um suposto alguém que precisavas de amar. Entristece-me saber que fiz parte do teu currículo de amor, não tendo sido a tua mais valiosa experiência. Entristece-me saber que não me guardas num canto especial em ti, saber que não me recordas com um sorriso nos lábios e com uma saudade tenra. Magoa-me a tua ausência. Eras a pessoa mais importante da minha vida, o meu maior e melhor amigo, o meu amor, o meu apoio, e num fechar de olhos, desapareceste. Perdi-te. E perdi tudo o que era teu e que fazia parte de mim, perdi tudo o que era tão especial de ti, perdi-te como amor, como amigo, como pessoa. E agora não existes. Optaste por não me deixares existir na tua vida. E eu suspiro porque não queria que fosse assim.
O meu suspiro é silencioso, não o hás-de ouvir. Estas palavras não te chegam, talvez porque não tens grande curiosidade em me manter perto de ti, nem que seja pela minha mágoa e pelo meu desabafo através destas palavras. Ausentaste-te. E pior, nunca voltarás. Perdi-te para sempre. É esse o meu suspiro. E agora resta-me soltar-te e desejar-te tudo de bom. Em paz contigo, sem o teu consentimento e a tua vontade. Adeus meu amor. Adeus meu amigo. Adeus meu tudo.
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
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