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Desiludiste-me. Esperava mais de ti. Deste-me a conhecer uma parte de ti que me fascinava. Tu eras de facto maravilhoso. Em tempos, foste-o mesmo comigo: sempre bastante atencioso e amigo, carinhoso e meigo; eras sempre tão frontal e sincero, dizias sempre a coisa mais acertada e sabias lidar comigo e como reagir às situações, aos momentos, sentimentos e pensamentos. Tu eras admirável. Amei-te por seres assim. Amei-te tanto. Fizeste-me tão feliz. Fizeste-me renascer, reviver e sorrir. E estou-te muito grata por isso. Mas hoje não estás o mesmo. Foste-te perdendo no caminho, perdeste-te com as tuas dúvidas, com fraquezas que não foste capaz de superar. E eu só tenho de lamentar isso. Lamento-o porque não há nada que eu possa fazer, sinto-me tão impotente. E para além de impotente, sinto-me insuficiente e inútil. Sinto o teu desprezo. Um desprezo consequente da tua cobardia de me murmurares uma palavra de bem-estar.
Tivemos tudo e desse tudo temos nada. Não me querias perder mas fizeste de tudo para me perderes. Não querias que eu me ausentasse mas acabaste por seres tu a ausentar-te. Não te querias despedir de mim porque querias me continuar a falar e a procurar por mim. Talvez estejas a bater à porta errada. Desististe de mim. Safaste-te do sofrimento e esqueceste-te de mim. E custa-me saber que não me guardas. Podias pelo menos ser justo e valorizar o que fomos mesmo que já não haja nada.
E apesar de já não te conhecer e de já não estar presente na tua vida e tomar parte de ti, apesar da desilusão e mágoa que me fizeste sentir, sei que te amei mesmo e que te devo muito. Apesar de hoje estares diferente, talvez pelo sentimento ter mudado, guardo-te. Guardo-te com um enorme carinho e respeito porque foste importante e essencial. Guardo-te pelo que foste e não pelo que és. E continuarei a amar essa pessoa que amei, amá-la-ei com saudade. Guardar-te-ei para sempre.
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
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